Outro homem
# No mais, alguns goles, os velhos queijos e as funções vitais renovadas.
Pasárgada Pra Trás, 19 de janeiro de 2024.
OUTRO HOMEM
Terminaram as férias. Sou outro homem.
É verdade que não parei de escrever, ainda que pouco. Mas, também é verdade, ao contrário do cavalo do mágico, que corria em todas as direções ao mesmo tempo, fiquei parado. Nenhum movimento em vão.
Quieto, li bastante; nunca o suficiente. Ulyssses, a aventura anunciada, cumpriu seu destino e seguirá em leitura por mais cem anos.
No mais, alguns goles, os velhos queijos e as funções vitais renovadas.
Ontem, na perspectiva de retomar a vida – e Nelson Rodrigues sorria no além – apontei a vista na direção de casa. Lar, doce lar.
Na chegada, na casa que acolhe e tem cheiro bom, embaixo da porta, em papel timbrado e códigos de barra, singelas lembranças do tempo, em coro, cantaram bem-vindo. Todas em nome do homem que eu era.
Vitor Bertini
Creiam, 2024 promete.
Breve a cores.
Bom fim de semana.