As férias da dona Irany
#179 Todos ao mar!
Sonha Bertini, 29 de dezembro de 2023.
AS FÉRIAS DA DONA IRANY
Dona Irany é minha mãe e, durante muitos anos, de segunda à segunda, foi a responsável pelos almoços familiares.
Às vezes, cansada da cozinha e quem sabe da vida, dizia que precisava de férias. Nas férias, afinal outro clima, ela cozinhava todos os dias.
Neste texto, tirei a dona Irany para dançar por paralelismo: estou de férias; me declarei de férias e, nas férias, decidi escrever.
Reuni todos os personagens e locações, as regras de composição, pontos e vírgulas, ritmos e sonoridades, temas e lógicas do narrador, gêneros, estilos – o quê? – e liberei geral. Todos ao mar!
Para você, caro leitor, esta decisão não terá custos, só o da condescendência; como no passado, presente de graça. Já o futuro, como sabemos, a Deus pertence e em nome d’Ele, hoje pelo menos, não prometo nada. Estou de férias!
Vitor Bertini
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*Aldir Blanc
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Assim, estando o Bertini liberado dos ritos da cozinha das histórias, como a tia Irany…
O leitor mais atento, ou de boa memória, sabe que o falecido Brás Cubas terminou entrando no prólogo do livro que teimo em terminar. Também é da lavra desse morto as referências a um tal de Sterne e sua forma livre de escrever.
Laurence Sterne (24 de novembro de 1713, Clonmel, Irlanda – 18 de março de 1768, Londres, Inglaterra) teve grande influência na obra de outro irlandês, o pai de Leopold Bloom, James Joyce. Nominalmente de férias, cometo a aventura de ler Ulysses, sua obra-prima.
Todos os peixes que não podemos ver. Gosto desta frase.
Quando é Ano Novo, Maria se maquia, sobe nos saltos, dança para o espelho e sai para beijar.
Feliz 2024.
– VB
Já no início; "#179 Todos ao mar!", fez-me rir. Legal ! Bom Novo Ano.
Gostei muito