Profissão de fé, 29 de setembro de 2023.
AO LEITOR
Elegante seria começar essa apresentação louvando as histórias escritas por Raymond Carver, Chekhov, Babel, ou mesmo as insuspeitas cartas de van Gogh a seu irmão Théo. Entretanto, quis antes o destino que eu acolhesse um conselho e uma prática ditados por um finado: Brás Cubas.
É dele o conselho para que os prólogos sejam curtos ou ditos de um jeito obscuro e truncado. É dele também a prática de buscar argumentos em outros autores; ele cita Stendhal, eu busco suas memórias póstumas.
– Vitor Bertini
Dito isso, alguns esclarecimentos.
Esses dois parágrafos, ainda em regime de tentativas, são o início do prólogo do livro Profeflor;
O livro Profeflor será a reunião de algumas destas histórias encaminhadas às sextas, mais uma aventura inédita – mais longa – e que tanto tem consumido minhas horas e fundos;
Os prólogos dos livros são escritos por último; em peças teatrais, eu não sei;
Sim, sim. É o livro de sempre – rogai por nós;
Vocês, espero, não perdem por esperar.
Cada um é filho das suas obras.
– Don Quixote, Parte 1, Capítulo 47 - Miguel de Cervantes
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Em tempos de processos kafkianos, um aviso de utilidade pública: tudo aqui é ficção. Até o nome do livro não está decidido.
Clique no cão*, Não me abandone:
*Uma ilustração de Alexandre Torrano.
Parco de horas e fundos, deixo minha boa vontade, goles, queijos, os votos de um bom fim de semana e beijos.